segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Primeiras Impressões: Revolution





Revolution, uma das estreias mais aguardadas (por alguns) da Fall Season 2012, teve seu episódio piloto disponibilizado na internet. Eu já assisti e vim dividir com vocês minhas primeiras impressões deste drama pós-apocalíptico com doses de drama familiar. Prontos para embarcar neste mundo desprovido de energia? Então vamos lá (lembrando que o texto contém SPOILERS)...

Eu sei que vocês já estão cansados de saber do que se trata a série, mas agora que já vi o episódio posso tentar explicar a premissa em linhas menos gerais. Bom, no universo de Revolution algum incidente ocasionou o fim de toda energia elétrica do planeta. Tudo parou de funcionar e um verdadeiro blackout tomou de conta, casando vários desastres. Aparentemente apenas duas pessoas sabem o motivo deste apagão, Ben (Tim Guinee) e Rachel Matheson (Elizabeth Mitchell). Eles são os pais de Charlie (Tracy Spiridakos) Danny (Graham Rogers), que acabam se tornando protagonistas da trama. 15 anos se passam e nós somos apresentados a um novo mundo, no qual milícias ditam as regras e pessoas tentam sobrevivem em pequenas vilas -- quem se atreve a vagar por aí, corre sérios riscos.

Obviamente que os únicos que poderiam fornecer respostas sobre o que aconteceu teriam que sumir do mapa. A personagem de Elizabeth Mitchell, que entrou “atrasada” no elenco, foi dada como morta (mas divido que seja verdade), e Ben foi morto logo no começo, para que sua filha, Charlie, tomasse a frente da trama e embarcasse numa missão para reunir sua família (ou o que sobrou dela) novamente -- ao mesmo tempo que ela viaja pelo mundo que tanto sonha em conhecer. Ben deixou um irmão, Miles (Billy Burke), que faz o papel do “cara fodão” e cheio de habilidades. Miles, a princípio, se recusa a se juntar a sua sobrinha em sua jornada para salvar seu irmão, que foi levado pela milícia pra servir de isca. Mas, como não poderia deixar de ser, ele acaba mudando de ideia.

O “cliffhanger” que o piloto nos deixa é de ainda é possível fazer uso de energia, porém somente alguns sabem como tirar proveito disso. Grace (Maria Howell) é uma dessas pessoas privilegiadas. Ela, que deu abrigo ao Danny antes de deixá-lo ser capturado pela milícia novamente, tem um pingente/pen-drive igual ao que o Ben entregou ao Aaron -- e que contém informações valiosíssimas. Com o dispositivo, Grace conseguiu iniciar alguns equipamentos e se comunicar com alguém pelo computador -- quem deve estar do outro lado é o Michael de Lost! Quem está por trás do apagão e qual sua agenda é o que teremos de mistério para conduzir a série. 

Pontos fortes...

É sempre bom ver o Giancarlo Esposito em cena, porém, continuo achando que ele deveria estar se envolvendo com produções mais, digamos, sérias. Ele foi o espelho/gênio em Once Upon a Time e agora é o Capitão Tom Neville, que lidera um grupo da milícia e está caçando o Miles na esperança de que ele lhe dê respostas e soluções referentes ao apagão. Tom pode ser bem diferente do Gus Fring, personagem que o ator interpretou em Breaking Bad, mas compartilha da mesma calma que ele na hora de lidar com negócios. O personagem é uma das esperanças que tenho de Revolution valer a pena.  

Outro personagem que gostei bastante foi a Maggie (Anna Lise Phillips), que me pareceu ser uma das pessoas mais inteligentes do time dos bonzinhos. Ela não só é valentona como não sai confiando por aí em qualquer cara com jeito de galã que aparece por aí -- como Charlie fez ao encontrar Nate (J.D. Pardo). Melhor ainda: ela leva birita envenenada na bolsa pra matar ladrões! Pena que a personagem não deve durar muito... Não sei nada de “spoiler”, mas como a atriz foi substituída nas imagens promocionais pela Elizabeth Mitchell e não tem nem profile dela no site oficial da série, creio que Maggie não vá continuar na companhia da ingênua Charlie, do seu tio ranzinza e do ex-ricaço e ex-empresário da Google, Aaron (Zak Orth) -- aka o nerd da série. 

Pontos fracos...

Não sei se foi por culpa dos promos, que praticamente adiantaram tudo que aconteceria no episódio, mas o piloto de Revolution não me fisgou. A trama é interessante, mas nem um pouco inovadora. Isso não exatamente um problema. Nem toda série precisa inovar 100% pra ser boa. Acontece que, à primeira vista, a cria de J.J. Abrams e Eric Kripke sofre de uma carência de profundidade e realismo -- ok, sei que é sci-fi, série de TV, blá-blá-blá... Mas mesmo assim acho podiam ter caprichado mais. É tudo limpo demais, “plástico” demais, previsível demais. Engraçado que o mundo virou um lugar desprovido de grandes tecnologias, mas isso não impediu as pessoas de manterem a aparência de quem está pronto para uma sessão de fotos de uma revista de moda! Mas o que incomodou mesmo foi o roteiro previsível, cenas de luta perceptivelmente coreografadas e alguns personagens irritantes. 

Falando em personagem irritante, o Danny simplesmente me fez querer largar a série logo na metade do primeiro episódio, de tão chato e burro que é! E pra piorar a missão inicial da série é resgatá-lo. Putz!

Outra “decepção” foi em relação ao suposto vilão-mor da trama: o General Monroe (David Lyons). O personagem aparece no começo como amigo do Miles, mas 15 anos depois ele aparenta ser o grande idealizador da milícia da qual o Capitão Tom é afiliado. Nada contra o ator, mas vê-lo me faz lembra do fiasco The Cape e acabo não o levando a sério como O “bad guy” da história. 

Veredicto...

Posso não ter coberto Revolution de elogios, mas ainda estou disposto a ver mais da série antes de me decidir quanto ao status dela na minha “lista de preferências”. A ideia de acabar a energia do mundo é perturbadora. Não sei como eu iria sobreviver... Potencial para se tornar uma série interessante Revolution tem. O problema é conseguir tirar proveito disso e evitar ir pelo mesmo caminho que produções semelhantes como Terra Nova e Jericho.

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