terça-feira, 11 de setembro de 2012

Um balanço da 2ª temporada de Falling Skies


Inimigo ou aliado?
Spoilers Abaixo:
O céu nunca foi o limite para a ficção cientifica. Pelo contrário, olhar para o céu imaginando milhares de mistérios repletos de histórias extraordinárias sempre foi palavra de ordem dentro do gênero.
Por que não dizer que o gênero tem um pezinho na realidade? Quando o cinema ainda era apenas um experimento, um homem chamado Méliès no ano de 1902 fez um filme chamado Viagem a Lua, no qual um grupo de “astronautas” viajam para a lua, onde encontram uma civilização perdida.  Algo improvável? Não necessariamente, mais tarde na década de 60, o mundo viu Neil Armstrong dar um pequeno passo para ele, mas grande para a humanidade quando colocou os pés na lua. Sem contar os inúmeros filmes, séries e livros falando sobre viagens a Marte. Hoje em pleno ano de 2012 vemos sondas espaciais, chegando até lá.
Agora imagino quais serão os próximos passos. Talvez logo teremos uma Chave de Fenda igual a do Doctor ou um sistema de teletransporte como de Star Trek. Quem pode dizer que sim ou não? Afinal, o céu não é o limite.
Mas voltando a ficção, vamos falar de uma das séries que melhor representou o gênero nesse ano, Falling Skies. Na última semana foi ao ar a Season Finale da série. E vamos dizer, a temporada acabou com um gostinho de quero mais.
Talvez um dos momentos essenciais desse final, foi o último minuto, com a chegada de um novo ser alienígena, deixando no ar uma pergunta: aquele alien será um aliado ou mais um inimigo? Agora é esperar pela próxima temporada para saber.
Aliás, existe um modo melhor ou pior do que terminar uma temporada do que deixando uma incógnita para a próxima temporada? Uma boa e velha tática para segurar a audiência.
Nesse momento existe um misto de emoção dominado pela ansiedade para a próxima temporada e raiva, porque depois de uma temporada, você terá que esperar mais um pouco para saber o que vai acontecer. Ou seja, Falling Skies usou um velho, mas sempre eficiente método para garantir a audiência do próximo ano.
Felizmente, não tenho motivos para reclamar dessa temporada. Falling Skies surpreendeu trazendo uma história mais consistente. Definitivamente essa série é um exemplo de como uma primeira temporada morna, consegue crescer na segunda temporada.
Sem dúvida um dos grandes responsáveis por essa evolução é a história, afinal quando a trama é boa, tudo vai embora. Eles conseguiram criar um arco e fecha-lo dentro da mesma temporada.
Tom continuou sendo o personagem principal, mas não tem como negar que Ben, ganhou um grande destaque, tornando-se peça principal da resistência. Tudo bem, que no último episódio, sua participação ficou um pouco ofuscada. Em minha mente eu esperava talvez um ato grandioso, mas não tenho do que reclamar. Toda a relação entre pai e filho, de Tom vendo Ben trilhar seu próprio caminho foi um show a parte.
Nessa temporada vimos um Tom mais passional, o que me agradou muito. Faltava esse toque de explosão para deixar Tom mais humano.
A questão da resistência alienígena, também teve bons momentos. Os skitters juntando-se aos humanos levando a risca a idéia de que o inimigo do meu inimigo é meu amigo.
Não posso esquecer-me de Hal. Eu não era muito fã do menino na primeira temporada, mas ele teve bons momentos, em especial com o romance com Maggie. Juntos eles formaram uma boa dupla tanto em batalha quanto nas cenas românticas. Mas o melhor ficou para o final. Algo aconteceu com ele. Ele acordou um pouco estranho. Será que o jovem foi dominado pelos aliens? Para saber só na próxima temporada.
Capitão Weaver também teve seus bons momentos, foi um líder exemplar, mas foi o seu reencontro com a filha que marcou sua participação nessa temporada.  Não tem como negar, Falling Skies apesar de ser uma ficção cientifica é um drama familiar.
Apesar das boas cenas de ação que ocorrerão nessa temporada, o foco principal continua sendo “a reação humana diante da invasão”. Nesses últimos episódios com a chegada da resistência a Charleston, a série investiu pesado na ideia de uma sociedade criada a partir do caos, mostrando como os humanos, mesmo diante de situações criticas são capazes de sobreviver se ainda tiver um raio de esperança. Vale dizer que o tom otimista sempre foi uma das características da série. Essa ideia ficou bem clara com a gravidez da Dr, Glass, mostrando que apesar de tudo, um futuro ainda pode existir.
Em minha opinião, essa história da gravidez forçou um pouco a barra, um pouco repetida. Lembrou um pouco The Walking Dead, a diferença é que enquanto em Falling Skies, eles imaginam um mundo melhor para a criança, em The Walking Dead, não há nenhuma esperança.
Antes de finalizar preciso comentar sobre Charleston. Como expectadora, no inicio não acreditava que a cidade existia. Mas fiquei feliz em ver que estava errada, mas o que me chamou realmente a atenção foi o modo como esse remanescente da sociedade humana foi apresentado. Num primeiro momento, tudo parecia perfeito, mas logo vemos uma cidade dominada por uma espécie de governador tirano. Basta dizer que os diálogos entre Tom e o governador sobre história foram simplesmente sensacionais. Ou seja, mesmo estando a Terra sob domínio alienígena, o grande mal continua sendo o próprio homem e sua ganância.
Infelizmente a guerra tem o poder de mostrar dois lados dos humanos, o melhor, quando o homem é capaz de lutar para salvar a vida de milhares e o pior quando luta desesperadamente pelo poder.
Termino dizendo que provavelmente ainda existam muitos outro detalhes que merecem serem destacados, mas vou finalizando por aqui, afirmando que Falling Skies é uma série que recebeu notoriedade merecida nessa segunda temporada. E como fã do gênero e da série, já estou na expectativa para o próximo ano. Principalmente porque quero saber se aquele novo alien será um aliado ou mais um inimigo.

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